Embora a produtividade animal de uma maneira geral seja inegavelmente dependente de sua genética e da relação do animal com o ambiente, sabemos que ela também depende intimamente de um equilíbrio adequado entre o animal e suas comunidades microbianas associadas, especialmente a microbiota intestinal.

Assim como no caso dos humanos, esse complexo ecossistema microbiano pode ser modificado através do uso de probióticos e prebióticos. Quando administradas em quantidades adequadas, leveduras vivas da espécie Saccharomyces cerevisiae agem como probióticos, auxiliando na recomposição da microbiota benéfica do trato digestivo dos animais e contribuindo para o seu equilíbrio. Esta abordagem promove benefícios à saúde dos animais, impactando em uma melhor digestão de fibras, prevenindo o crescimento de patógenos e modulando o sistema imunológico, com significativas implicações econômicas.

Uma outra abordagem que contribui positivamente para a saúde e o crescimento dos animais compreende o uso de produtos derivados das células de leveduras, que contém importantes componentes nutracêuticos, como β-glucanas, mananoligossacarídeos e nucleotídeos. Estes componentes agem como prebióticos, pois não são digeridos pelas enzimas digestivas do animal, mas que são fermentados pela microbiota do trato digestivo.


Com isso, a adição de componentes de leveduras na ração animal contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal proporcionando aos animais benefícios funcionais associados à melhoria da imunidade, redução da taxa de mortalidade, aumento das taxas de conversão alimentar, reprodução e ganho de peso corporal.

Além de ação pré e probiótica, as leveduras também podem ser utilizadas como suplemento alimentar devido ao seu elevado conteúdo de proteínas, aminoácidos, e micronutrientes, como minerais e vitaminas, e seu valor energético.